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de H A N V C A H
C A P. C X I.
A vinte e cinco do mes Chisleu cae a festa de Hanucá, a qual se celebra, por o milagre que no tal tempo sucedeo a Israel no segundo Templo: e foy, que a vendo os Gregos ganhado por força d’armas Ierusalaim, e immundado com suas idolatrias o sacro Templo, sendo depois pellas invenciveis armas dos Machabeos liures de dita tirania, entrando a administrar os officios sagrados, não acharao mais que huma pequena botija dazeite, soterrada debaixo da terra, selada com o selo do sacerdote grande, a qual conhecendose intacta, e que a não avião tocado mãos de Idolatras, se servirao della, para acender a Almenara. E sucedeo então este milagre, que não avendo na dita botija mais que para acender hum dia durou por espacio de oito: e isto, por que não podião fazer novo azeyte até passados oito dias; asaber, sete necessarios para sua limpeza, por serem todos sospeitos de aver tocado em morto dos gentios, e hum para se moer a azeitona, e ordenar o azeite. Por cuja causa o anno seguinte celebrarao aquelles oito dias de festa, e ficou introduzido o dito costume, e celebrado sempre em Israel.
Chamárao a este dia Hanuca, que quer dizer, repousarao em 25. por que neste dia descançarao do trabalho da guerra, que tanto os avia molestado. 1. Por esta causa ficárao estes dias por festivos, e nelles se não podem celebrar obsequias, se não for a hum grande sabio, em sua prezensa: nem se pode fazer jejum posto que seja o que se costuma fazer por pay ou mãy. E aquelle que jejua nelles por algum sonho, passados os oito dias, deve fazer de novo outro jejum, como ja apontamos noutra parte. 2. As mulheres, vsão de não fazer obra, em quanto as candeas durão. 3. Os banquetes e festins que nestes dias vsão alguns fazer, são voluntarios, e não obrigatorios, como o he o do dia de Purim. |
A vinte e cinco do mes Chisleu cae a festa de Hanucá, a qual se celebra, por o milagre que no tal tempo sucedeo a Israel no segundo Templo: e foy, que a vendo os Gregos ganhado por força d’armas Ierusalaim, e immundado com suas idolatrias o sacro Templo, sendo depois pellas invenciveis armas dos Machabeos liures de dita tirania, entrando a administrar os officios sagrados, não acharao mais que huma pequena botija dazeite, soterrada debaixo da terra, selada com o selo do sacerdote grande, a qual conhecendose intacta, e que a não avião tocado mãos de Idolatras, se servirao della, para acender a Almenara. E sucedeo então este milagre, que não avendo na dita botija mais que para acender hum dia durou por espacio de oito: e isto, por que não podião fazer novo azeyte até passados oito dias; asaber, sete necessarios para sua limpeza, por serem todos sospeitos de aver tocado em morto dos gentios, e hum para se moer a azeitona, e ordenar o azeite. Por cuja causa o anno seguinte celebrarao aquelles oito dias de festa, e ficou introduzido o dito costume, e celebrado sempre em Israel.
Chamárao a este dia Hanuca, que quer dizer, repousarao em 25. por que neste dia descançarao do trabalho da guerra, que tanto os avia molestado. 1. Por esta causa ficárao estes dias por festivos, e nelles se não podem celebrar obsequias, se não for a hum grande sabio, em sua prezensa: nem se pode fazer jejum posto que seja o que se costuma fazer por pay ou mãy. E aquelle que jejua nelles por algum sonho, passados os oito dias, deve fazer de novo outro jejum, como ja apontamos noutra parte. 2. As mulheres, vsão de não fazer obra, em quanto as candeas durão. 3. Os banquetes e festins que nestes dias vsão alguns fazer, são voluntarios, e não obrigatorios, como o he o do dia de Purim. |